Na série de vídeos TECENDO A MANHÃ, postamos para vocês, para nós, algo muito bonito neste 1º de Maio. O ator e dramaturgo Ivam Cabral respondeu ao nosso chamado de mãos dadas com Aleksandr Blok. O sentimento vivido pelo poeta russo no início do século 20 cruzou o tempo para nos surpreender agora, expresso na sintonia fina entre texto, leitura e imagens que o ator fabulou. A inquietação íntima, pode-se dizer, ganha a dimensão da esperança coletiva. Que “brilhe agora o mês”, então, e que “deixe a vida dar alegria a toda gente”.
Obrigado ao Ivam e força a todos os que têm como ofício recriar criticamente a vida através da arte. Força aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura que, como muitos, também estão no enfrentamento.
Ivam Cabral lê “Que brilhe agora a lua”, de Aleksandr Blok.
IVAM CABRAL (Ribeirão Claro/PR, 1963). Um dos fundadores da Cia. de Teatro Os Satyros, em 1989, ao lado de Rodolfo García Vázquez. Atuou em mais de uma centena de espetáculos como ator, dramaturgo e produtor. Apresentou-se em mais de vinte países. Recebeu os prêmios mais importantes do teatro brasileiro e é um dos fundadores da SP Escola de Teatro, instituição na qual exerce a função de diretor executivo. Nos últimos anos também tem se dedicado ao cinema. Escreveu e dirigiu, ao lado de Rodolfo García Vázquez, os longas Hipóteses para o Amor e a Verdade (2014) e A Filosofia na Alcova (2016).
O poema “Que brilhe agora a lua”, de Aleksandr Blok, aparece no livro “Máscara de neve” (1907). A tradução brasileira foi feita por Rodolfo García Vázquez e Ivam Cabral e publicada em “Todos os Sonhos do Mundo” (Giostri Editora, 2019).
CENA ABERTA publicará os vídeos, às segundas, quartas, sextas-feiras e sábados. Agradecemos muitíssimo a todos e todas que puderam e quiseram responder ao nosso chamado. Nossa intenção é construir com essas vozes ora isoladas não só um coro, como também um registro, um documento crítico-afetivo sobre o presente.