Claudia Barral, dramaturga baiana radicada em São Paulo, trouxe para o teatro brasileiro dos últimos anos uma das escritas mais vivas e significativas. Como temos feito, pedimos também a ela um vídeo para a série Tecendo a manhã. E ela enviou a leitura de “O Amor”, poema de Vladimir Maiakóvski. Um grito sem grito. Lírico, contra as misérias da vida ordinária, contra os confinamentos de qualquer ordem. Um chamado pela liberdade que todas as revoluções, íntimas e sociais, precisam ter para honrarem esse nome. Pelo amor não escravo que, enfim, há de vir:
Claudia Barral (Salvador, 1978) é escritora e psicanalista. Atua em diversos campos da produção literária como dramaturga, roteirista e poetisa. Suas peças de teatro contam com montagens no Brasil e em países como Alemanha, Itália, Portugal, Inglaterra e Peru. Publicações em poesia incluem os livros O Coração da Baleia (Ed. P55, 2011) e Primavera em Vão (Ed. Penalux, 2015). Outras publicações incluem O Cego e o Louco e outros textos (Ed. Cidade da Bahia,1998) e Cordel do Amor sem Fim (Ed.Funarte, 2003).
O poema “O amor” é do poeta russo Vladimir Maiakóvski (1893-1930). Tradução de Haroldo de Campos. Em: “Poemas de Maiakóvski”. São Paulo: Editora Perspectiva, 9ª ed., 2013.
CENA ABERTA publicará os vídeos, às segundas, quartas, sextas-feiras e sábados. Agradecemos muitíssimo a todos e todas que puderam e quiseram responder ao nosso chamado. Nossa intenção é construir com essas vozes ora isoladas não só um coro, como também um registro, um documento crítico-afetivo sobre o presente.