O veterano José Cetra Filho, pesquisador, crítico e provavelmente o mais assíduo espectador de teatro da cidade de São Paulo, gravou algo especial, no início de Abril passado, para a série TECENDO A MANHÃ. Ele reverbera a música que encerrava a montagem de “A Capital federal”, de Artur Azevedo, dirigida por Flavio Rangel em 1972, em que se diz: “eu sou um, sou mais que dois, sou mais que três”. Cetra faz um breve retrospecto sobre a sombra do autoritarismo entre nós, mas alerta em sua fala solar para que não nos rendamos. Resgata emblemas da cena nacional e pede também, parafraseando Pina Bausch: “Dance, cante, atue, viva. Senão estaremos perdidos!”.
Obrigado, querido José Cetra, pela sua bonita provocação.
José Cetra Filho (São Paulo, 1944) é crítico, pesquisador teatral e mestre em Artes Cênicas pela Unesp. É membro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e editor do blog “Palco Paulistano”. Publicou: “O Palco Paulistano de Golpe a Golpe, 1964-2016 (Giostri Editora, 2017). Mais que tudo, define-se como “um espectador apaixonado”.
CENA ABERTA publicará os vídeos, às segundas, quartas, sextas-feiras e sábados. Agradecemos muitíssimo a todos e todas que puderam e quiseram responder ao nosso chamado. Nossa intenção é construir com essas vozes ora isoladas não só um coro, como também um registro, um documento crítico-afetivo sobre o presente.